segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
O lenço dela - Manuel Antônio Álvares de Azevedo
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Amor de ostra - Affonso Romano de Sant'Anna
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Amor de fixação - Manuel Alegre
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
Poema quase persa - Marina Colasanti
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Arrependimento - Olegário Mariano
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Fanatismo- Florbela Espanca
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Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida.
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
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Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
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“Tudo no mundo é frágil, tudo passa...”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
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E, olhos postos em ti, digo de rastros:
“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: Princípio e Fim!...”
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quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Pedido - Roseana Murray
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
O nosso amor - Vinícus de Moraes
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Alvarenga Peixoto
Soneto XXV - Guilherme de Almeida
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Soneto XXXVI - Cláudio Manuel da Costa

XXXVI
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Estes braços, Amor, com quanta glória
Foram trono feliz na formosura!
Mas este coração com que ternura
Hoje chora infeliz esta memória!
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Quanto vês, é troféu de uma vitória,
Que o destino em seu templo dependura:
De uma dor esta estampa é só figura,
Na fé oculta, no pesar notória.
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Saiba o mundo de teu funesto enredo;
Por que desde hoje um coração amante
De adorar teus altares tenha medo:
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Mas que empreendo, se ao passo, que constante
Vou a romper a fé do meu segredo,
Não há, quem acredite um delirante!
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Amor e vida - Raimundo Correia

Esconde-me a alma, no íntimo, oprimida,
Este amor infeliz, como se fora
Um crime aos olhos dessa, que ela adora,
Dessa, que crendo-o, crera-se ofendida.
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A crua e rija lâmina homicida
Do seu desdém vara-me o peito; embora,
Que o amor que cresce nele, e nele mora,
Só findará quando findar-me a vida!
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Ó meu amor! como num mar profundo,
Achaste em mim teu álgido, teu fundo,
Teu derradeiro, teu feral abrigo!
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E qual do rei de Tule a taça de ouro,
Ó meu sacro, ó meu único tesouro!
Ó meu amor! tu morrerás comigo!
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Amor - Roseana Murray

segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Por Manuel Antônio Álvares de Azevedo ...

Perdoa-me visão dos meus amores,
Se a ti ergui meus olhos suspirando!...
Se eu pensava num beijo desmaiando
Gozar contigo a estação das flores!
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De minhas faces os mortais palores,
Minha febre noturna delirando,
Meus ais, meus tristes ais vão revelando
Que peno e morro de amorosas dores...
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Morro, morro por ti! na minha aurora
A dor do coração, a dor mais forte,
A dor de um desengano me devora...
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Sem que última esperança me conforte,
Eu - que outrora vivia! - eu sinto agora
Morte no coração, nos olhos morte!
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(Álvares de Azevedo)
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
O Verbo Amar - J. G. de Araújo Jorge

e de longe me olhavas vagamente...
Ah, quanta coisa nesse tempo a gente sente,
que a alma da gente faz escrava.
Te amava: como inquieto adolescente,
tremendo ao te enlaçar, e te enlaçava
adivinhando esse mistério ardente
do mundo, em cada beijo que te dava.
Te amo: e ao te amar assim vou conjugando
os tempos todos desse amor, enquanto
segue a vida, vivendo, e eu, vou te amando...
Te amar: é mais que em verbo é a minha lei,
e é por ti que o repito no meu canto:
te amei, te amava, te amo e te amarei!
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(Poema de JG de Araujo Jorge
do livro -Bazar de Ritmos- 1935)
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
O mais-que-perfeito - Vinícus de Moraes

quarta-feira, 11 de novembro de 2009
Súplica - Miguel Torga

E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.
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Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.
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terça-feira, 29 de setembro de 2009
Por Fagundes Varela ...

"Oh! diz-me que ainda posso
um dia de teus lábios beber o mel dos céus
que eu te direi, mulher dos meus amores
amar-te é ainda melhor do que ser Deus".
(Fagundes Varela)
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terça-feira, 1 de setembro de 2009
Pelo telefone - Gilka Machado
Fala-me sempre, mente mais,
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
Amor Idealizado - Fernando Pessoa

quarta-feira, 12 de agosto de 2009
Ame e dê vexame - Roberto Freire

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Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai ligar e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário, ele escuta Egberto Gismonti e Sivuca. Ele não emplaca uma semana nos empregos, esta sempre duro, e é meio galinha.
Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado, e ainda assim você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita de boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama este cara?
Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação de matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim. Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem. Caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão.
O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar. Costuma ser despertado mais pelas flechas do cupido que por uma ficha limpa.
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terça-feira, 28 de julho de 2009
Fumo - Florbela Espanca

sexta-feira, 24 de julho de 2009
Nebulosas - Roseana Murray

quinta-feira, 18 de junho de 2009
O teu mistério - David Mourão-Ferreira

decifrei-o
como um seio
se me entrega.
não descia
nem dos sentidos:
a extática alegria
confundidos.
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terça-feira, 2 de junho de 2009
Súplica - Florbela Espanca

Olha pra mim, amor, olha pra mim;
Meus olhos andam doidos por te olhar!
Cega-me com o brilho de teus olhos
Que cega ando eu há muito por te amar.
O meu colo é arrninho imaculado
Duma brancura casta que entontece;
Tua linda cabeça loira e bela
Deita em meu colo, deita e adormece!
Tenho um manto real de negras trevas
Feito de fios brilhantes d`astros belos
Pisa o manto real de negras trevas
Faz alcatifa, oh faz, de meus cabelos!
Os meus braços são brancos como o linho
Quando os cerro de leve, docemente...
Oh! Deixa-me prender-te e enlear-te
Nessa cadeia assim etemamente! ...
Vem para mim,amor...Ai não desprezes
A minha adoração de escrava louca!
Só te peço que deixes exalar
Meu último suspiro na tua boca!...
..segunda-feira, 11 de maio de 2009
Amor nos três pavimentos - Vinícius de Moraes

Eu não sei tocar, mas se você pedir
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Casamento - Adélia Prado

quarta-feira, 6 de maio de 2009
Vitória do amor - Rosângela do Valle Dias

segunda-feira, 20 de abril de 2009
Essa que eu hei de amar… - Guilherme de Almeida

sexta-feira, 6 de março de 2009
Ausente !!!
Caros amigos e leitores, comunico que por motivos de força maior, estarei impossibilitada de atualizar esse blog com a frequência que gostaria.
Agradeço pela atenção e comentários deixados.
Abraços, Renata.
terça-feira, 3 de março de 2009
Primavera - J. G. de Araújo Jorge

fez um dia de primavera
neste começo de outono
que é a minha vida.
E do ramo, de onde as primeiras folhas
se soltavam pálidas, sem cor,
surgiu uma flor imprevista:
o teu amor...
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Teu amor chegou assim
como uma coisa que no fundo se deseja
mas não se espera,
emocionando o coração, neste começo de outono
como um dia de primavera!
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Celeste - Adelino Fontoura

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É tão divina a angélica aparência e a graça
Peregrina do céu, pálida estrela,
Tem a celeste e ingênua formosura
E quando os olhos para o céu levanta,
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Valsinha - Vinícius de Moraes

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Como uma flor vermelha, a abrir - Maria Teresa M. Carrilho

Na noite pálida
O riso e as lágrimas
Apologia, para quê?
Contigo
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
Desperta-me de noite - Maria Teresa Horta
É rede a tua lingua
A trégua
E lembras os meus ombros
Desperta-me de noite
E eu pouco a pouco
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
Por Alice Ruiz...
