Esse fantasma que chega e me abraça
sábado, 29 de dezembro de 2007
Lya Luft
Um anjo vem todas as noites:
senta-se ao pé de mim, e passa
sobre meu coração a asa mansa,
como se fosse meu melhor amigo.
Esse fantasma que chega e me abraça
Esse fantasma que chega e me abraça
(asas cobrindo a ferida do flanco)
é todo o amor que resta
entre ti e mim, e está comigo.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Elegia - Augusto Frederico Schmidt
Entrou na sala e ficou em pé tocando piano,
Sua mão pequena batia no teclado duramente.
Lembro que estava de vermelho
Lembro que tinha nas tranças finas uma fita preta
Lembro que era de tarde
E entrava pelas janelas abertas o vento do
mar.
Não lembro se tinha flores perto dela
Mas nascia um perfume do seu corpo.
Que amor o meu!
Que amor o meu!
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Soneto de Maior Amor - Vinícius de Moraes
Maior amor nem mais estranho existe
Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.
E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração, e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal aventurada.
Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer - e vive a esmo
Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
Indecisão Amorosa - Affonso Romano de Sant'Anna
Então me digo:
- "Não vou mais vê-la"
e no dia seguinte
quero tê-la.
Então me digo: -
"É a última vez"
e me resigno.
Mas quando anoitece
sou eu quem ligo.
-"Começo a esquecê-la"
me repito.
E numa esquina
invento vê-la.
De novo afirmo:
-"Melhor parar"
e aí começo
a desesperar.
O tempo todo
a estou deixando
e mais a deixo
partido
ao seu amor regresso
e partindo
............. - vou ficando.
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
Soneto de Natal - Machado de Assis
Um homem, — era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço no Nazareno,
—Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,
Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
Escolheu o soneto... A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca,
A pena não acode ao gesto seu.
E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"
domingo, 23 de dezembro de 2007
Soneto IV -Alphonsus de Guimarães
Vagueiam suavemente os teus olhares
Pelo amplo céu franjado em linho:
Comprazem-te as visões crepusculares...
Tu és uma ave que perdeu o ninho.
Em que nichos doirados, em que altares
Repoisas, anjo errante, de mansinho?
E penso, ao ver-te envolta em véus de luares,
Que vês no azul o teu caixão de pinho.
És a essência de tudo quanto desce
Do solar das celestes maravilhas...
Harpa dos crentes, cítola da prece...
Lua eterna que não tivesse fases,
Cintilas branca, imaculada brilhas,
E poeiras de astros nas sandálias trazes...
Pelo amplo céu franjado em linho:
Comprazem-te as visões crepusculares...
Tu és uma ave que perdeu o ninho.
Em que nichos doirados, em que altares
Repoisas, anjo errante, de mansinho?
E penso, ao ver-te envolta em véus de luares,
Que vês no azul o teu caixão de pinho.
És a essência de tudo quanto desce
Do solar das celestes maravilhas...
Harpa dos crentes, cítola da prece...
Lua eterna que não tivesse fases,
Cintilas branca, imaculada brilhas,
E poeiras de astros nas sandálias trazes...
sábado, 22 de dezembro de 2007
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Que Presente te Dar - Affonso Romano de Sant'anna
Que presente te darei, eu que tanto quero epouco dou, porque mesquinho, egoísta, distraído não te cumulo daquilo que deveria cumular?
Deveria desatar inúmeros presentes ao pé da árvore,entreabrindo jóias, tecidos, requintados e pessoais objetos, ou deveria dar-te o que não posso buscar lá fora, mas o que em mim está fechado e mal sei desembrulhar?
Gostaria de dar-te coisas naturais, feitas com a mão, como fazem os camponeses, os artesãos, como faz a mulher que ama e prepara o Natal com seus dedos e receitas, adornos e atenção.
Te dar, talvez, um pedaço de praia primitiva, como aquelas do Nordeste, ou de antigamente - Búzios e Cabo Frio; um pedaço de mar das Ilhas do Caribe, onde a água e o amor são transparentes e onde a areia é fina e brilhante e, sozinhos, habitam a eternidade, os amantes.
Te dar aquele verso de canção um dia ouvida não sei mais aonde, se numa tarde de chuva, se entre os lençóis cansados; um verso, uma canção ou talvez o puro som de um saxofone ao fim do dia, som que tem qualquer coisa de promessa e melancolia.
Fugir uma tarde contigo para os motéis, quando todos os homens se perdem nos papéis e escritórios, números e tensões: fugir contigo para uma tarde assim,um espaço de amor entreaberto na peça que nos prega a burocracia dos gestos.
Gravar numa fita as canções que me fazem lembrar de ti e ouví-las, ou tocar de algum modo, em algum cassete as frases que disseste, que em mim gravaste: frases líricas, precisas, que quando estou cinza, relembro e me iluminam.
Te enviar todos os cartões que colecionas, de todos os lugares que conheço ou que tu nem imaginas, ir a essas paisagens e ilhas e habitá-las com os selos e palavras de interminente paixão.
Dar-te aquela casa de campo entre montanhas, aquele amor entre a neblina, aquele espaço fora do mundo, fora de outros espaços, sem telefone, sem estranhas ligações, para ali nos ligarmos um no outro em una e dupla solidão.
Se queres jóias, te darei. Aqueles corais que vendem na Ponte Vecchia, em Florença; o âmbar ou as pérolas que expõem nas lojas do Havaí; aquelas pedras de vidro para iridescentes colares, que vendem em Atenas, ao pé da Plaka, ao pé da Acrópole, que amorosa nos contempla.
Te dar numa viagem os castelos do Loire, e sair comendo e rindo juntos no roteiro gastronômico franco-italiano; ali comendo e aqueles vinhos bebendo, de tudo nos esquecendo, sobretudo dos remorsos tropicais de quem tem sempre ao lado um faminto desamparado, de culpa nos ferindo.
Te darei flores. Sempre planejei fazer isto. Tão simples: de manhã acordar displicente e começar a colher flores sob a cama. Ir tirando buquês de rosas, margaridas, vasos de íris, orquídeas que estão desabrochando e, uma a uma, de flores ir te cumulando. E amanhecendo dirás: o amado hoje está mel puro, seu amor aflorou e está me perfumando.
Escrever bilhetes pela casa inteira, metê-los entre as roupas, armários, prateleiras, pra que na minha ausência comeces a desdobrar recados daquele que nunca se ausentou, embora esse ar de quem vive partindo, mas, se alguma vez partiu partido foi para reunido regressar.
Te dar um gesto simples. Passar a mão de repente sobre tua mão, como se apalpa a vida ou fruto que pede para ser colhido.
Te dar um olhar, não aquele olhar distraído, alienado de quem está nas coisas prosaícas perdido, mas um olhar de quem chegou inteiro e que se entrega enternecido e desamparado dizendo: olha, sou teu, agora veja lá o que vai fazer comigo.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
O Grande Momento - Augusto Frederico Schmidt
A varanda era batida pelos ventos do mar
As árvores tinham flores que desciam para a morte,
com a lentidão das lágrimas.
Veleiros seguiam para crepúsculos com as
asas cansadas e brancas se despedindo,
O tempo fugia com uma doçura jamais de
novo experimentada
Mas o grande momento era quando os meus
olhos conseguiam
entrar pela noite fresca dos seus olhos...
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Cantiga para não morrer - Ferreira Gullar
Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.
Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.
Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.
E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em meu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.
Soneto - Adélia Fonseca
Ninguém nas asas da mais leve aragem,
a ti enviou lembranças tão saudosas;
ninguém horas passou tão deleitosas
de amor te ouvindo a férvida linguagem;
ninguém da tua vida na passagem
semeou, sem espinhos, tantas rosas;
ninguém te diz palavras tão mimosas,
contra o peito estreitando tua imagem;
ninguém de alma te deu mais lindas flores,
nem tanto desejou quanto eu desejo,
delas, tão puras, conservar as cores;
ninguém sabe beijar, como eu te beijo;
ninguem assim por ti morre de amores;
ningém sabe te ver, como eu te vejo.
(Adélia Josefina de Castro Fonseca, Salvador/BA, 24/11/1827 - Rio de Janeiro/RJ, 09/12/1920)
a ti enviou lembranças tão saudosas;
ninguém horas passou tão deleitosas
de amor te ouvindo a férvida linguagem;
ninguém da tua vida na passagem
semeou, sem espinhos, tantas rosas;
ninguém te diz palavras tão mimosas,
contra o peito estreitando tua imagem;
ninguém de alma te deu mais lindas flores,
nem tanto desejou quanto eu desejo,
delas, tão puras, conservar as cores;
ninguém sabe beijar, como eu te beijo;
ninguem assim por ti morre de amores;
ningém sabe te ver, como eu te vejo.
(Adélia Josefina de Castro Fonseca, Salvador/BA, 24/11/1827 - Rio de Janeiro/RJ, 09/12/1920)
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
Gonçalves Dias
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
Marina Tsvetaeva
domingo, 16 de dezembro de 2007
Amor e seu Tempo - Carlos Drummond de Andrade
Amor é privilégio de maduros
Estendidos na mais estreita cama,
Que se torna a mais larga e mais relvosa,
Roçando, em cada poro, o céu do corpo.
É isto, amor: o ganho não previsto,
O prêmio subterrâneo e coruscante,
Leitura de relâmpago cifrado,
Que, decifrado, nada mais existe
Valendo a pena e o preço do terrestre,
Salvo o minuto de ouro no relógio
Minúsculo, vibrando no crepúsculo.
Amor é o que se aprende no limite,
Depois de se arquivar toda a ciência
Herdada, ouvida.
Amor começa tarde.
Samba em Prelúdio - Vinícius de Moraes
Eu sem você
Não tenho porquê
Porque sem você
Não sei nem chorar
Sou chama sem luz
Jardim sem luar
Luar sem amor
Amor sem se dar
Eu sem você
Sou só desamor
Um barco sem mar
Um campo sem flor
Tristeza que vai
Tristeza que vem
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém
Ai, que saudade
Que vontade de ver renascer nossa vida
Volta, querida
Os teus braços precisam dos meus
Meus abraços precisam dos teus
Estou tão sozinho
Tenho os olhos cansados de olhar para o além
Vem ver a vida
Sem você, meu amor, eu não sou ninguém
sábado, 15 de dezembro de 2007
O Poeta Inventa Viagem, Retorno e Morre de Saudade - Hilda Hilst
Se for possível, manda-me dizer:
- É lua cheia. A casa está vazia -
Manda-me dizer, e o paraíso
Há de ficar mais perto, e mais recente
Me há de parecer teu rosto incerto.
Manda-me buscar se tens o dia
Tão longo como a noite. Se é verdade
Que sem mim só vês monotonia.
E se te lembras do brilho das marés
De alguns peixes rosados
Numas águas
E dos meus pés molhados, manda-me dizer:
- É lua nova -
E revestida de luz te volto a ver.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2007
Amor e Medo - Affonso Romano de Sant'Anna
Soneto XVII - Pablo Neruda
NÃO TE AMO como se fosses rosa de sal, topázio
ou flecha de cravos que propagam o fogo:
te amo como se amam certas coisas obscuras,
secretamente, entre a sombra e a alma.
Te amo como a planta que não floresce e leva
dentro de si, oculta, a luz daquelas flores,
e graças a teu amor vive escuro em meu corpo
o apertado aroma que ascender da terra.
Te amo sem saber como, nem quando, nem onde,
te amo diretamente sem problemas nem orgulho:
assim te amo porque não sei amar de outra maneira,
senão assim deste modo em que não sou nem és
tão perto que a tua mão sobre meu peito é minha
tão perto que se fecham teus olhos com meu sonho.
Trecho de O Primo Basílio - Eça de Queiroz
-"Tinha suspirado... tinha beijado o papel devotadamente.
Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas sentimentalidades,
E o seu orgulho dilatava-se ao calor amoroso que saía delas
Como um corpo ressequido que se estira num banho tépido.
Sentia um acréscimo de estima por si mesma,
E parecia-lhe que entrava enfim
Numa existência superiormente interessante;
Onde cada hora tinha o seu encanto diferente...
Cada passo conduzia a um êxtase...
E a alma se cobria de um luxo radioso de sensações."
Por esta solidão que não consente - Manuel du Bocage
Por esta solidão que não consente
Nem do sol, nem da lua a claridade;
Ralado o peito já pela saudade
Dou mil gemidos a Marília ausente.
De seus crimes a mancha inda recente
Lava Amor, e triunfa da verdade;
A beleza, apesar da falsidade,
Me ocupa o coração, me ocupa a mente.
Lembram-me aqueles olhos tentadores,
Aquelas mãos, aquele riso, aquela
Boca suave, que respira amores...
Ah! Trazei-me, ilusões, a ingrata, a bela!
Pinta-me vós, ó sonhos, entre flores
Suspirando outra vez nos braços dela.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
A voz do amor - Olavo Bilac
Nessa pupila rútila e molhada,
Refúgio arcano e sacro da Ternura,
A ampla noite do gozo e da loucura
Se desenrola, quente e embalsamada.
E quando a ansiosa vista desvairada
Embebo às vezes nessa noite escura,
Dela rompe uma voz, que, entrecortada
De soluços e cânticos, murmura...
É a voz do Amor, que, em teu olhar falando,
Num concerto de súplicas e gritos
Conta a história de todos os amores;
E vêm por ela, rindo e blasfemando,
Almas serenas, corações aflitos,
Tempestades de lágrimas e flores...
quarta-feira, 12 de dezembro de 2007
Soneto do Amor Total - Vinícius de Moraes
Amo-te tanto meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te enfim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
O poeta pede ao seu amor que lhe escreva - Federico García Lorca
Amor de minhas entranhas, morte viva,
em vão espero tua palavra escrita
e penso, com a flor que se murcha,
que se vivo sem mim quero perder-te.
O ar é imortal. A pedra inerte
nem conhece a sombra nem a evita.
Coração interior não necessita
o mel gelado que a lua verte.
Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias,
tigre e pomba, sobre tua cintura
em duelo de kordiscos e açucenas.
Enche, pois, de palavras minha loucura
ou deixa-me viver em minha serena
noite da alma para sempre escura.
(tradução: William Agel de Melo)
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Ninguém me Venha dar Vida - Cecília Meireles
Ninguém me venha me dar vida,
que estou morrendo de amor,
que estou feliz de morrer,
que não tenho mal nem dor,
que estou de sonho ferida
que não me quero curar,
que estou deixando de ser
e nao me quero encontrar,
que estou dentro de um navio
que sei que vai naufragar,
Já não falo e ainda sorrio,
porque está perto de mim
o dono verde do mar
que busquei desde o começo
e estava apenas no fim.
Corações, porque chorais?
Preparai meu arremesso
para as algas e corais.
Fim ditoso, hora feliz:
Guardai meu amor sem preço,
que só quis a quem não quis.
Eu - Florbela Espanca
Até agora eu não me conhecia.
Julgava que era Eu e eu não era
Aquela que em meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e como o dia.
Mas que eu não era Eu não o sabia
E, mesmo se o soubesse, o que não dissera...
Olhos fitos em rútila quimera
Andava atrás de mim... e não me via!
Andava a procurar-me - pobre louca! -
E achei o meu olhar no teu olhar,
E a minha boca sobre a tua boca!
E esta ânsia de viver, que nada acalma,
É a chama da tua alma a esbrasear
As apagadas cinzas da minha alma!
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
Ronda - Alda Lara
Na dança dos dias
meus dedos bailaram...
Na dança dos dias
meus dedos contaram contaram,
bailando cantigas sombrias...
Na dança dos dias meus dedos cansaram...
Na dança dos meses
meus olhos choraram
Na dança dos meses
meus olhos secaram
secaram, chorando por ti,
quantas vezes!
Na dança dos meses
meus olhos cansaram...
Na dança do tempo,
quem não se cansou?!
Oh! dança dos dias oh!
dança dos meses oh!
dança do tempo no tempo voando...
Dizei-me, dizei-me,
até quando? até quando?
(Alda Ferreira Pires Barreto de Lara Albuquerque. Benguela, Angola, 9.6.1930 - Cambambe, Angola, 30.1.1962). Era casada com o escritor Orlando Albuquerque. Muito nova veio para Lisboa onde concluiu o 7º ano do Liceu. Freqüentou as Faculdades de Medicina de Lisboa e Coimbra, licenciando-se por esta última. Em Lisboa esteve ligada a algumas das atividades da Casa dos Estudantes do Império. Declamadora, chamou a atenção para os poetas africanos. Depois da sua morte, a Câmara Municipal de Sá da Bandeira instituiu o Prêmio Alda Lara para poesia. Orlando Albuquerque propôs-se editar-lhe postumamente toda a obra e nesse caminho reuniu e publicou um volume de poesias e um caderno de contos. Colaborou em alguns jornais ou revistas, incluindo a Mensagem (CEI).
Duas Canções do Silêncio - Vinícius de Moraes
Amor - Fernando Pessoa
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