quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Celeste - Adelino Fontoura


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É tão divina a angélica aparência e a graça
que ilumina o rosto dela,
que eu concebera o tipo de inocência nessa criança
imaculada e bela.
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Peregrina do céu, pálida estrela,
exilada na etérea transparência,
sua origem não pode ser aquela
da nossa triste e mísera existência.
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Tem a celeste e ingênua formosura
e a luminosa auréola sacrossanta
de uma visão do céu, cândida e pura.
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E quando os olhos para o céu levanta,
inundados de mística doçura,
nem parece mulher - parece santa.
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