terça-feira, 11 de dezembro de 2007
Eu - Florbela Espanca
Até agora eu não me conhecia.
Julgava que era Eu e eu não era
Aquela que em meus versos descrevera
Tão clara como a fonte e como o dia.
Mas que eu não era Eu não o sabia
E, mesmo se o soubesse, o que não dissera...
Olhos fitos em rútila quimera
Andava atrás de mim... e não me via!
Andava a procurar-me - pobre louca! -
E achei o meu olhar no teu olhar,
E a minha boca sobre a tua boca!
E esta ânsia de viver, que nada acalma,
É a chama da tua alma a esbrasear
As apagadas cinzas da minha alma!
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Um comentário:
NINGUÉM comentou esse MARAVILHOSO POEMA?!? Querida, ADORO A FLORBELA!
Vim agradecer a visita e comentário. Por falar nele, passa lá e leia a minha resposta. Voltarei mais, muitas, vezes! Será um prazer! Beijos
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