quarta-feira, 30 de julho de 2008

Canção do Amor Imprevisto - Mário Quintana


Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoísta e mau.
E a minha poesia é um vício triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.
.
Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos...
.
E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender
nada, numa alegria atônita...
.
A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos.
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2 comentários:

Anônimo disse...

Aprecio muito seu bom gosto na escolha dos poemas e imagens de filmes. Beijo para você moça bonita!

Vanuza Pantaleão disse...

Quintana, "o vício" da sensiblidade se ser POETA!
Beijinhos...