domingo, 8 de junho de 2008

Limites do Amor - Affonso Romano de Sant'Anna


Condenado estou a te amar
nos meus limites
até que exausta e mais querendo
um amor total, livre das cercas,
Ate despeça de mim, sofrida,
na direção de outro amor
que pensas ser total e total será
nos seus limites da vida.
O amor não se mede
pela liberdade de se expor nas praças
e bares, em empecilho.
É claro que isto é bom e, às vezes,
sublime.
Mas se ama também de outra forma, incerta,
e este o mistério:
- ilimitado o amor às vezes se limita,
proibido é que o amor às vezes se liberta.
Ele quis morrer para arrasar a morte e voltar.
.

Um comentário:

Vanuza Pantaleão disse...

Renata, agora me recordo o quanto seu blog me impressionou pelo altíssimo nível cultural e, principalmente, SENSIBLIDADE. O POEMA em questão, sinceramente, foi feito para mim, creia. Pois, convivo com um grande AMOR que transcedeu à própria morte e meu atual esposo também é um ANJO que me foi enviado pelos céus. ADOREI demais a sua visita, minha querida, embora, eu ainda não possa me empenhar mais no meu espaço, vou fazendo o que posso. Não vou deixá-la mais, risossss. Uma semana de muita PAZ!!!