segunda-feira, 20 de abril de 2009
Essa que eu hei de amar… - Guilherme de Almeida
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Essa que eu hei de amar perdidamente um dia
será tão loura, e clara, e vagarosa, e bela,
que eu pensarei que é o sol que vem, pela janela,
trazer luz e calor a essa alma escura e fria.
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E quando ela passar, tudo o que eu não sentia
da vida há de acordar no coração, que vela…
E ela irá como o sol, e eu irei atrás dela
como sombra feliz… — Tudo isso eu me dizia,
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quando alguém me chamou. Olhei: um vulto louro,
e claro, e vagaroso, e belo, na luz de ouro
do poente, me dizia adeus, como um sol triste…
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E falou-me de longe: "Eu passei a teu lado,
mas ias tão perdido em teu sonho dourado,
meu pobre sonhador, que nem sequer me viste!"
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17 fois Cécile Cassard,
2002,
Guilherme de Almeida
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7 comentários:
Esse é o meu poema preferido.
Nada mais sublime que as palavras confessadas a todos os que amam, neste poema de Guilherme de Almeida.
Este foi o primeiro poema que conheci. Muitos anos depois, conheceria minha esposa, que é loira.
Roberto Moura de Souza (poeta)
Ei Renata,
Estava pela net em busca dessa poesia e tive a felicidade de encontrá-la no seu blog.
Como vai você querida?
É o poema mais inspirador pra quem acredita no amor claro e vagaroso e belo( o que que as loiras tem que as outras não tem? pouca melanina.Abraços.Visite o site www.recantodasletras.br/autores/pece
Um ótimo poema,mais especificamente
Invisível.
Esse poema é lindo! E é antes de tudo uma crítica ao suposto amor ideal,uma crítica as pessoas que deixam de encontrar o verdadeiro amor, por viverem em busca da pessoa "perfeita", da beleza física em si.
minha interpretação também foi essa.
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