quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008
Ó tranças, de que Amor prisão me tece - Manuel du Bocage
Ó tranças, de que Amor prisão me tece,
Ó mãos de neve, que regeis meu fado!
Ó tesouro! Ó mistério! Ó par sagrado,
Onde o menino alígero adormece.
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Ó ledos olhos azuis, cuja luz parece
Tênue raio de sol! Ó gesto amado,
De rosas e açucenas semeado
Por quem morrera esta alma, se pudesse!
.
Ó lábios, cujo riso a paz me tira,
E por cujos dulcíssimos favores
Talvez o próprio Júpiter suspira!
.
Ó perfeições! Ó dons encantadores!
De quem sois?... Sois de Vênus? - É mentira;
Sois de Marília, sois de meus amores.
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